A crise que antes fervia em fogo brando agora explode em público: o partido União Brasil oficializou o rompimento com o governo Lula, anunciou que devolverá os ministérios que ocupa e assumirá postura de oposição declarada. O estopim? Um combo de críticas ao descontrole fiscal, atrito direto com o Palácio do Planalto e, principalmente, a chamada “tarifa de Trump”, que o governo Lula tentou minimizar, mas foi arremessada no colo pelo próprio UB.
O recado veio com nitidez cirúrgica: “Não somos governo, somos oposição.”
O presidente nacional do partido, Antonio Rueda, usou palavras que não deixam margem para dúvidas:
“Independência não se negocia! O União não vai se calar diante dos erros do governo.”
Nos bastidores, o clima é de racha total. O ministro do Turismo, Celso Sabino, deve ser expulso ou pressionado a pedir demissão. Na mesma trilha, Frederico Siqueira, da Comunicação, também é carta fora do baralho. Apenas Waldez Góes, na Integração Nacional, permanece por enquanto — mas com o relógio político contando regressivamente.
O deputado José Nelto reforçou a cobrança:
“Tem que sair agora. Não dá pra usar o governo e largar depois!”
Mais do que uma rebelião ministerial, a debandada sinaliza o novo xadrez de 2026. O União Brasil prepara terreno para lançar candidatura própria à presidência, e o nome de Ronaldo Caiado desponta como peça-chave — há quem diga, nos bastidores, que ele já ensaia o gesto simbólico de “vestir a faixa presidencial” antes da hora.
O movimento expõe mais do que um desalinhamento ideológico: revela uma articulação estratégica, que tenta consolidar o partido como referência da direita moderada, mirando o vácuo deixado por bolsonaristas desgastados e pela rejeição crescente ao governo petista.
⚠️ Alerta aceso: a eleição de 2026 já começou — e a guerra fria entre Planalto e aliados virou confronto direto. Prepare-se para o choque de forças.