Por Cleuber Carlos – Redação MaisBR News | Goiânia, 10 de julho de 2025
O agronegócio brasileiro segue quebrando recordes e consolidando sua posição como motor da economia nacional. Segundo o levantamento anual do IPC Maps, divulgado esta semana, o setor registrou um crescimento de 3,8% no número de empresas ativas entre abril de 2024 e abril de 2025 — um salto que representa 31.918 novos negócios agro em todo o país.
O dado que mais chama atenção, no entanto, é a virada histórica protagonizada pelo Centro-Oeste, que ultrapassou a Região Sul em número de empresas do agronegócio, tornando-se o segundo maior polo do setor, atrás apenas do Sudeste.
📊 O novo mapa do agro no Brasil
-
🥇 Sudeste: 749.109 empresas
-
🥈 Centro-Oeste: 40.545 empresas
-
🥉 Sul: 38.205 empresas
-
🟰 Norte: 21.639 empresas
-
🟰 Nordeste: 19.372 empresas
(Fonte: IPC Maps 2025)
Com a nova configuração, Goiás se destaca como estado-líder na transição, impulsionado por políticas de estímulo à agroindústria, à regularização fundiária e ao acesso a crédito para pequenos e médios produtores.
“Estamos diante de uma transformação histórica. O Centro-Oeste deixou de ser apenas celeiro e passou a ser cérebro do agronegócio”, analisa Silvia Meirelles, economista da FAEG.
📈 Goiás: mais tecnologia, mais produção
O avanço de Goiás no setor se dá por múltiplos fatores:
-
Investimentos em pesquisa e inovação agropecuária
-
Expansão de cooperativas e agroindústrias regionais
-
Ampliação de linhas de crédito verdes
-
Aumento da mecanização e digitalização no campo
-
Presença forte de MEIs e pequenos produtores formalizados
“A força do pequeno agricultor está mais evidente. As novas tecnologias deixaram de ser exclusividade do grande produtor”, explica Marcos Vinícius Rodrigues, diretor da Emater-GO.
De acordo com o levantamento, cerca de 77 mil MEIs atuam no agronegócio nacional, contribuindo para o avanço da cadeia produtiva, com capilaridade em todas as regiões.
🧮 Impacto socioeconômico direto
A expansão das empresas do setor agro representa:
-
Geração de empregos formais no campo e na cidade
-
Aumento do consumo local e da arrecadação tributária
-
Fortalecimento das cadeias regionais de insumos e exportação
-
Maior presença de jovens empreendedores e mulheres no agro
Em Goiás, cidades como Rio Verde, Jataí, Mineiros, Cristalina e Catalão despontam como epicentros de inovação e produtividade rural, atraindo inclusive investidores estrangeiros.
🔍 O que explica o avanço do Centro-Oeste?
Especialistas apontam quatro pilares principais:
-
Infraestrutura logística melhorada, com ferrovias e rodovias ampliadas;
-
Incentivos fiscais e programas estaduais voltados à agroindústria;
-
Facilidade de acesso à terra em comparação com regiões do Sul e Sudeste;
-
Profissionalização da produção familiar e expansão do ensino técnico rural.
“Esse avanço não é sazonal. O Centro-Oeste chegou para liderar”, afirma o analista de mercado Juliano Faria, da XP Agroinvest.
📌 Conclusão
O agronegócio brasileiro está mudando de eixo — e Goiás está no centro dessa transformação.
Mais que exportar grãos, carne ou energia, o estado agora exporta modelo de gestão, inovação e resiliência rural, sendo protagonista na construção de um agro mais inteligente, sustentável e plural.
Se o futuro da economia brasileira passa pelo campo, é no coração do país que esse futuro já começou a acontecer.
📲 Você atua no agro em Goiás? Sua propriedade ou empresa sentiu esse crescimento?
Envie seu relato para [email protected] ou pelo Instagram @maisbrnews
🔎 Confira essa e outras análises no portal: www.maisbrnews.com