Recentemente, o “jogo do tigrinho” se popularizou no Brasil, ganhando destaque com a divulgação massiva de diversos influenciadores. Este jogo, operado por meio de uma roleta, revelou-se uma forma de fraude que, na maioria das vezes, resulta em perdas financeiras.
No entanto, é importante diferenciar esse tipo de prática de outras modalidades, como as apostas esportivas, que envolvem um processo complexo baseado em análise de dados e não se assemelham aos jogos de azar.
De acordo com Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder da América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo, apesar de ser uma atividade que não está associada a cassinos ou jogos de pura sorte, o termo “aposta” ainda carrega estigmas e preconceitos, frequentemente sendo erroneamente associado à ilegalidade ou a práticas danosas. “Entretanto, as apostas esportivas são baseadas em análises estatísticas, probabilidades e modelagem de dados”, revela.
No cerne das apostas esportivas está a avaliação cuidadosa entre o valor a ser ganho e o risco envolvido. “Contrariando a crença de que a prática depende exclusivamente da imprevisibilidade de eventos esportivos, é possível embasar as apostas em dados analíticos, eliminando, assim, a dependência única da sorte. A capacidade de analisar dados, identificar padrões e compreender as tendências é crucial para o sucesso nesse mercado”, pontua.
Ricardo acredita que o conhecimento profundo dos números e dos padrões é um pilar fundamental. “Tudo o que apresenta um padrão pode ser submetido a uma análise de riscos, o que, por sua vez, permite que estratégias mais fundamentadas sejam adotadas. Esse entendimento, muitas vezes embasado por dados estatísticos, pode fornecer uma vantagem crucial na tomada de decisões para os apostadores”, relata.
Nos últimos anos, as exchanges de apostas se popularizaram no mercado. No entanto, é crucial diferenciar essa nova modalidade e as tradicionais casas de apostas. “Enquanto as casas de apostas funcionam como intermediárias entre os apostadores e assumem a responsabilidade pelas apostas, as exchanges operam como plataformas onde os apostadores podem apostar uns contra os outros, sem a intermediação direta de uma entidade”, esclarece.
Dados estatísticos demonstram que apenas uma pequena parcela, entre 2% e 3% das pessoas que se dedicam às apostas esportivas, consegue obter sucesso financeiro de forma consistente. “Isso reforça a importância da análise de dados, da compreensão profunda dos padrões e do desenvolvimento de estratégias robustas para se destacar”, finaliza.