Entenda o que fazer para ter sucesso na data mais esperada do ano para o varejo
Não é mais segredo para ninguém que a Black Friday é uma das datas mais aguardadas pelo varejo. Para se ter uma ideia, estudo recente da MField aponta um crescimento de 32% na intenção de compra da população este ano. Isso porque enquanto 75% das pessoas afirmam que vão adquirir produtos durante esse dia, em 2022 o número era mais tímido, registrando uma porcentagem de 43,4%.
Com o e-commerce sendo a plataforma mais requisitada devido à sua praticidade e facilidade, o consumidor ainda tem o cartão de crédito como o método de pagamento favorito. Essa opção é apontada por 76,9% das pessoas, seguida pelo Pix, que assinala um pouco mais de 49%.
No entanto, será que essas são mesmo as melhores opções de pagamento para as compras? Para Nathan Marion, gerente geral da Yuno, líder em orquestração de pagamentos na América Latina, é preciso um olhar cauteloso por parte dos lojistas. De acordo com o profissional, como é uma data de muitos descontos, os varejistas precisam optar por um método em que consigam confirmar o pagamento de forma quase instantânea. “Um boleto, por exemplo, acaba ficando fora de questão aqui, pois como levam alguns dias para se efetivar a confirmação do pagamento bem como seu recebimento, o player de e-commerce precisa reservar produtos em estoque, o que mata a sua Black Friday”, explica.
De acordo com o profissional, que tem 10 anos de experiência no setor de pagamentos, os cartões de crédito são boas opções, mas mesmo assim existem alguns pontos de atenção “O estudo Beyond Borders 2022/2023 aponta que, enquanto quase 90% da população brasileira tem conta bancária, somente 40% possui um cartão de crédito. Com isso, caso um varejista só ofereça essa opção, vai perder potenciais clientes. Além disso, ainda há muita fraude envolvendo cartões, então há o risco de se fechar uma venda, enviar o produto e depois receber uma denúncia de que usaram dados roubados. Assim, se perde duas vezes, pois a mercadoria já foi enviada e ainda será necessário reembolsar a vítima”, explica Marion.
O executivo defende que o Pix é a melhor opção para os lojistas. Isso porque esse método de pagamento envolve custos de transação mais baratos, além de que a confirmação do pagamento é imediata e o dinheiro já cai instantaneamente na conta do comércio. “Assim, o comerciante já garante o seu faturamento de forma prática, sem precisar ficar esperando por dias. Além disso, as chances de operações fraudulentas são quase nulas para o comercio”, explica. No entanto, Nathan Marion reconhece que, do ponto de vista do usuário, o cartão de crédito ainda é o que faz mais sentido. “Muitas pessoas compram produtos muito caros e não têm o dinheiro todo na hora da compra. Sendo assim, preferem o cartão, que permite o parcelamento”, afirma.
Em relação às formas de pagamento, os meios digitais têm mostrado força no mercado, com destaque para o Pix Parcelado. Em um levantamento feito pela HST Card Technology – especializada em tecnologia da informação para o ecossistema de pagamentos –, por exemplo, 73% dos consumidores entrevistados planejam usar métodos de meio de pagamentos digitais para fazer as suas compras na Black Friday.
“O varejo já entende a força do Pix e o investimento será forte para esta Black Friday. A expectativa é que as vendas com essa modalidade cresçam de forma significativa”, aponta Eduardo Zucareli, Chief Commercial Officer da Pagaleve, fintech que oferece o meio de pagamento Pix Parcelado em 4 vezes quinzenais sem juros.
Para a nova geração, optar pelo Pix como forma de pagamento é uma tentativa de evitar o endividamento com cartões de crédito. Não é à toa que o Pix apresentou um crescimento de 107% no último ano. O recente relatório de Gestão do Pix divulgado pelo Banco Central indica que mais de 11,9 milhões de empresas em todo o país agora adotam essa modalidade de pagamento.
“O consumidor moderno – especificamente a GenZ –, está conectado não apenas às marcas, mas também a toda a experiência de compra, incluindo a forma de pagamento. Os varejistas que compreendem isso e oferecem, além do Pix, soluções de checkout inovadoras, como o Pix Parcelado, podem esperar sucesso nas vendas e uma significativa conversão de clientes, não apenas na Black Friday, mas no dia a dia do varejo”, comenta Zucareli.
Para ter mais assertividade nas melhorias do uso do Pix pelas empresas, Patrícia Esteves, CCO da Zoop, fintech líder em tecnologia para serviços financeiros no mercado b2b, sugere apostar em iniciativas que trazem mais comodidade e praticidade para os clientes. Uma opção é integrar o boleto com o Pix, o que permite que os clientes paguem em dia, sem precisar sair de casa. Outra opção é usar QR Code para realizar o pagamento rapidamente e com facilidade. O iniciador de pagamentos também é uma boa alternativa, pois permite que os clientes paguem com Pix sem sair do aplicativo ou do site do estabelecimento. Por fim, o split de pagamentos permite que os clientes dividam o valor de uma compra entre diferentes vendedores.
“A adesão a esses novos recursos garante uma vantagem competitiva para as empresas. O Pix é um meio de pagamento que já traz uma redução dos custos com as taxas de transação e o alcance de um maior número de clientes. Inserindo um maior número de soluções personalizadas, consequentemente, as empresas sairão ganhando com a escolha”, pontua Patrícia.