Governador Ronaldo Caiado acusa omissão do governo federal e lança plano estratégico para blindar economia goiana da crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos
Diante da crise diplomática sem precedentes entre Brasil e Estados Unidos, agravada pela revogação dos vistos de ministros do STF e pela escalada de tarifas sobre produtos brasileiros, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decidiu não esperar por Brasília. Em um gesto ousado e pragmático, o governo estadual anunciou nesta segunda-feira (21) a criação de uma linha de crédito emergencial voltada a empresas goianas com exposição ao mercado internacional, especialmente às exportações para o mercado norte-americano.
🏦 Linha de crédito: socorro rápido para a base produtiva
A medida prevê:
- Crédito facilitado com juros subsidiados;
- Prazos estendidos para pagamento;
- Apoio a contratos com variação cambial;
- Atendimento prioritário para empresas do agro, logística e indústria alimentícia.
Segundo Caiado, o objetivo é impedir que a economia goiana sofra um efeito dominó com demissões em massa, recuo na produção e aumento da instabilidade fiscal. “Se o governo federal assiste calado, Goiás vai agir. O que está em jogo é a sobrevivência do setor que sustenta este estado”, declarou durante reunião emergencial com empresários em Goiânia.
🌍 Uma crise que transborda Brasília
A origem do embate está nas ações do governo dos EUA, liderado por Marco Rubio, que retirou os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República, acusando-os de perseguirem adversários políticos, incluindo aliados de Jair Bolsonaro. Em retaliação, o governo norte-americano impôs tarifas extras sobre produtos agrícolas, carnes, minério e derivados industriais brasileiros.
O impacto imediato é sentido nos principais polos exportadores do Centro-Oeste, sendo Goiás um dos mais afetados. Com o dólar em alta e a previsibilidade em baixa, empresas já cogitam rever contratos, frear investimentos e cortar postos de trabalho.
⚠️ Falta de reação federal incomoda estados
Caiado foi direto: “É inaceitável que o Palácio do Planalto não tenha ainda apresentado uma resposta clara ao ataque econômico e diplomático que o Brasil está sofrendo. Goiás não vai ser arrastado pela inércia de quem governa olhando o retrovisor”, alfinetou.
Fontes do Palácio das Esmeraldas revelam que o governo goiano avalia ações judiciais e articulações com outros governadores para pressionar Brasília por uma frente unificada de reação nacional. A pauta deve ser levada à próxima reunião do Consórcio Brasil Central.
💬 Repercussão entre empresários
O setor produtivo goiano recebeu a notícia com alívio. O empresário Renato Oliveira, do ramo de processamento de grãos, disse que “a medida vem na hora certa, porque os bancos tradicionais já estão aumentando as taxas com medo da instabilidade”. Já a empresária Lorena Costa, da indústria de alimentos, reforçou: “É hora do estado agir. A omissão de Brasília está custando caro para quem produz”.
🧭 Análise: Caiado se antecipa e ocupa vácuo político
Com a medida, Caiado se coloca como uma das poucas lideranças políticas do Brasil a apresentar uma resposta concreta à crise diplomática. Em um momento em que o governo federal evita confronto com os EUA e mantém silêncio sobre o aumento de tarifas, Goiás dá exemplo de proatividade e independência institucional.
Essa postura pode reposicionar o governador como um líder nacional com discurso de defesa econômica, especialmente em um cenário de fragilidade do agronegócio e da indústria exportadora.
📌 Conclusão
Enquanto Brasília ainda formula notas diplomáticas, Goiás age. O tarifaço dos EUA exige respostas práticas, e Caiado parece ter entendido isso antes dos demais. Se a crise escalar, a história poderá registrar que foi em um estado do Centro-Oeste que começou a resistência institucional à pressão econômica estrangeira.
E no meio do fogo cruzado, quem produz agradece por finalmente não estar sozinho.