Aruanã, às margens do majestoso Rio Araguaia, voltou a ser o destino queridinho dos goianos e de turistas de todo o Brasil nesta temporada de julho. Com praias de areia fina, barcos lotados e acampamentos à beira do rio, o movimento econômico aumentou, mas também escancarou a falta de preparo da cidade para receber tanta gente.
Na última semana, o volume de lixo visível nas margens triplicou. Sacolas plásticas, garrafas e restos de acampamentos tomaram conta de trechos próximos à praia principal e às ilhas. Moradores relatam que, apesar da arrecadação com o turismo, não houve reforço nos serviços de limpeza urbana, nem aumento na fiscalização ambiental.
🔥 Queimadas, som alto e aglomerações descontroladas
Além do lixo, queimadas ilegais foram registradas às margens do rio, comprometendo a vegetação nativa e a fauna. As chamadas “festas flutuantes”, com paredões de som em lanchas e aglomerações, continuam sem controle.
A Secretaria de Meio Ambiente de Goiás afirma que realiza ações educativas, mas a presença do poder público em campo é quase simbólica.
Enquanto isso, o turismo desregrado transforma o que era para ser uma experiência de conexão com a natureza em um cenário de degradação progressiva.
💰 Economia aquecida, mas sustentabilidade ignorada
A cidade arrecada com hospedagens, alimentação, passeios e aluguel de embarcações. No entanto, nenhum plano de ação ambiental consistente foi divulgado pela prefeitura ou órgãos estaduais.
Com o aumento anual no número de visitantes, Aruanã não pode mais depender do improviso. Falta investimento em estrutura sanitária, controle de impacto ecológico e segurança.
🧭 Opinião do Mais Brazil News:
Aruanã é, sem dúvida, um dos maiores tesouros naturais de Goiás. Mas o turismo mal gerido ameaça transformar beleza em tragédia ambiental.
Sem planejamento, sem fiscalização e sem responsabilidade, o Araguaia poderá se tornar vítima do próprio sucesso.
Chegou a hora de parar de apenas vender o destino e cuidar dele com a seriedade que merece.