A Inteligência Artificial não é um assunto novo, e o cinema desempenhou um papel crucial nessa trajetória. Mesmo antes do termo “Inteligência Artificial” se tornar comum, conceitos que se assemelham ao que entendemos hoje como IA já encontravam espaço em obras desde a década de 1920. Um exemplo é o filme “Metropolis” (1927), que é frequentemente citado como uma das primeiras obras cinematográficas a explorar a temática da criação de seres artificiais com traços humanos.
E depois disso não parou mais. Títulos como “Blade Runner” e “Ghost in the Shell”, bem como a icônica série “O Exterminador do Futuro”, se tornaram clássicos que marcaram a cultura popular e moldaram a visão das pessoas sobre o assunto muito antes da virada do milênio. No entanto, um passo significativo foi dado no cenário atual.
Nos últimos 15 anos, a Inteligência Artificial tem desempenhado um papel crucial como uma ferramenta analítica, processando dados coletados para produzir resultados de acordo com algoritmos treinados – técnica conhecida como Machine Learning. No entanto, com a introdução dos LLMs (Large Language Models), uma nova dimensão de eficiência surgiu na criação de conteúdo.
Por meio dessa abordagem, que envolve a previsão da próxima palavra com base no contexto, uma ampla gama de oportunidades se revelou para as empresas desenvolverem aplicações capazes de solucionar desafios cruciais em cada setor, como tradução, humanização de chatbots, compreensão de bases de conhecimento e muitas outras necessidades comuns em vários segmentos.
Atualmente, seja por meio da Internet das Coisas ou da ascensão do ChatGPT, que conquistou destaque nos últimos meses e se tornou um dos temas mais debatidos nas redes sociais, a presença da Inteligência Artificial no cotidiano deixou de ser uma mera narrativa cinematográfica para se tornar uma realidade cada vez mais comum.
As empresas não querem – e não devem – ficar de fora
Disseminação de celulares, a integração da Computação em Nuvem e agora a IA. É um fato incontestável que quando uma tecnologia se populariza e ganha a preferência dos consumidores, ela passa a ser prontamente adotada pelas empresas. Agora, a tendência dominante é a Inteligência Artificial Generativa. Nesse cenário, a difusão do uso dessa ferramenta pode servir como ponto de partida para impulsionar ainda mais a transformação digital das organizações.
Somado a isso, na sociedade altamente competitiva de hoje, as empresas estão em uma busca incessante de ferramentas e metodologias que possam otimizar sua produtividade e reduzir suas perdas, resultando em lucros mais substanciais num período mais curto. Tudo isso enquanto garantem a entrega de produtos e serviços de máxima qualidade para atender plenamente às demandas dos clientes.
E é neste contexto que o uso de Inteligência Artificial, aliada a recursos já bem difundidos e utilizados pelas plataformas digitais, como a Servicenow, cumprem bem este objetivo, pois aumentam as possibilidades de alcance de máxima eficiência e eficácia dos serviços disponibilizados.
Dessa abordagem surgem inúmeros benefícios. Entre eles, um atendimento ágil que resulta em uma maior satisfação dos clientes, aprimoramento na qualidade da entrega de serviços e produtos disponibilizados, uma experiência otimizada no acesso a canais de autosserviço, onde os consumidores podem entrar, acessar e obter assistência sem esperar. Isso se traduz em uma redução dos custos operacionais, visto que uma mesma equipe pode atingir uma produtividade ampliada ao utilizar a digitalização de processos repetitivos com a aplicação inteligente na geração de conteúdo.
Como iniciar transformação digital com IA
O ponto inicial é a estruturação do conteúdo que será abordado pela ferramenta, dando contexto à Inteligência para que possa gerar conteúdos valiosos à empresa. Nesse estágio, as plataformas digitais se apresentam como a solução mais indicada para a companhia consolidar seus processos, serviços e conhecimentos em um único espaço onde seja possível a exploração deste conteúdo a partir de uma IA.
Além disso, ainda tem a questão da segurança da informação, que emergiu como um tópico de interesse não apenas para os setores de tecnologia, mas também como um elemento que influencia diretamente os resultados empresariais, pois a ingerência deste requisito pode afetar a imagem e o valor da empresa no mercado.
A preocupação com a proteção de dados confidenciais e a necessidade de garantir a veracidade do que se disponibiliza para o público é um fator primordial na implementação de qualquer tecnologia, pois, em um cenário em que a informação se consolida como um ativo primordial, seu resguardo torna-se um pilar para o êxito de qualquer empreendimento tecnológico.
Com isso, o uso de plataformas digitais nesse contexto também se destaca. A título de exemplo, a plataforma Servicenow apresenta um leque diversificado de abordagens para auxiliar as empresas a enfrentar esse desafio, pois, apesar de permitir a criação de diversas aplicações, automação a partir de RPAs nativos, uso de IA Generativa e muitos outros recursos, a solução consigna em seu banco todos os dados indispensáveis para uma gestão proativa e eficaz de riscos e segurança. A plataforma também oferece ferramentas que permitem às equipes de conformidade monitorar ameaças e tomar decisões rápidas e coesas.
Além disso, outra preocupação que merece atenção dos executivos é a empregabilidade. Sempre que tecnologias são adotadas existe uma tendência a se pensar que as pessoas devem ser descartadas. Porém, esse é um problema que deve ser administrado pelas empresas. Não é necessário deixar de priorizar pessoas para a adoção de uma tecnologia, pelo contrário, a inclusão delas no contexto da digitalização é vital também para a responsabilidade social dentro do mundo corporativo.
A Inteligência Artificial é mais um capítulo da evolução tecnologica que a humanidade tem vivido nas últimas décadas, e as empresas podem e devem usufruir destas novidades, produzindo serviços muito mais úteis para a população e tornando o trabalho de todos os colaboradores mais focado no bem-estar e na valorização do intelecto humano. Com responsabilidade e a adoção de plataformas que abordam as demandas corporativas de forma coerente, a IA se traduz em um elemento determinante para o êxito no processo de transformação digital das empresas.
* Luiz Cesar Baptistella é CEO da Aoop, principal consultoria capaz de solucionar a automação e aceleração de estratégias digitais das empresas no Brasil