O cirurgião dentista Dr. Otávio Ribeiro alerta cuidados com o bem-estar bucal do idoso para evitar casos de ausência dentária e doenças
Com o crescimento da população de terceira idade para os próximos anos, chegando a quase 30% dos habitantes brasileiros, a atenção com a saúde bucal dos idosos visando a diminuição da perda dentária deve ser aumentada.
Certamente, você já ouviu falar que com a idade os dentes começam a cair naturalmente, mas para o especialista Dr. Otávio Ribeiro não é bem assim. “Existem algumas situações que podem nos levar à perda dentária: cárie, doença periodontal (gengivite / periodontite), doenças sistêmicas como diabetes, mas a idade ainda não é comprovada como uma delas”. Segundo ele, o principal fator é o histórico com o cuidado bucal, por isso, o especialista completa: “Os cuidados desde a infância são o que vai nos fazer chegar na terceira idade com uma saúde bucal satisfatória”.
De acordo com o especialista, “nós temos que chegar na terceira idade com uma saúde bucal satisfatória, pois ela envolve diversos fatores como a funcionalidade, estética e o fator psicológico.” Além disso, ele ainda afirma: “Hoje em dia vejo que a ausência dentária é o maior problema que enfrentamos”.
Uma má saúde bucal pode causar doenças periodontais como a gengivite e podem ter forte influência com outras doenças sistêmicas como o diabetes, que podem ocasionar alterações em diversas áreas do organismo, afirma o especialista. “Diabetes tem uma ligação muito grande com a saúde bucal. O trabalho multidisciplinar entre todos os profissionais que cuidam do paciente idoso é fundamental. Dentistas, médicos, enfermeiros, psicólogos, cuidadores e todos os envolvidos pelos cuidados do idoso, incluindo os familiares, precisam estar integrados.
Como orientação para a terceira idade, o dentista aconselha: “Visitas semestrais ao dentista, troca de escova de três em três meses, higienização da língua e da prótese dentária evitando o crescimento de fungos e bactérias. A prótese deve ser escovada e mantida na água com uma colher de água sanitária ou produtos específicos para a limpeza de próteses dentárias ao menos uma vez por semana.” O doutor enfatiza que “fazendo o trabalho de prevenção intensivo, os problemas futuros podem ser evitados”.