Mais de 30 pessoas foram presas em Goiás após um foguetório organizado para homenagear integrantes do Comando Vermelho mortos no Rio de Janeiro. Cerca de 4 mil fogos foram apreendidos.
A Polícia Civil, a Polícia Militar e a Polícia Penal de Goiás realizaram, entre a noite de terça-feira (4/11) e a madrugada desta quarta-feira (5/11), uma operação conjunta que resultou na prisão de 32 pessoas envolvidas em um foguetório que teria homenageado integrantes da facção Comando Vermelho (CV) mortos em uma ação policial no Rio de Janeiro, no último dia 28 de outubro.
A ofensiva, denominada Operação Fogo Proibido, teve ações em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Abadia de Goiás e Rio Verde. Além das prisões, a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou que cerca de 4 mil fogos de artifício foram apreendidos durante fiscalizações em diversos municípios.
Ao todo, 30 estabelecimentos comerciais foram vistoriados em Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis. A fiscalização verificou licenças, condições de armazenamento e venda regular do material.
Coordenação pelas redes sociais
As investigações apontam que o ato foi organizado pelas redes sociais, por meio de vídeos e mensagens distribuídas em grupos. Segundo a SSP, a maioria dos detidos não pertence formalmente à facção, mas teria aderido ao movimento por influência de terceiros, incluindo membros de torcidas organizadas.
Declarações das autoridades
O secretário de Segurança Pública, Renato Brum, afirmou que as forças de segurança seguem monitorando possíveis manifestações relacionadas a facções no Estado:
“A resposta será sempre imediata. Em Goiás, não há espaço para qualquer tipo de enaltecimento ao crime organizado”, declarou.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Granja, afirmou que o patrulhamento será mantido:
“As equipes permanecem em campo e novas ações podem ser desencadeadas”.
O delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, ressaltou que os presos foram enquadrados de acordo com as circunstâncias de cada caso:
“Soltar fogos não é crime. Contudo, apologia ao crime, incitação, posse ilegal de arma e porte de drogas se enquadram em infrações penais previstas em lei”, explicou.
Investigações continuam
A SSP-GO informou que os materiais apreendidos, incluindo celulares, serão analisados para identificação de possíveis organizadores.
Novas prisões não estão descartadas.

































































