Na última quinta-feira (04/01), o chefe de ciber espionagem da Ucrânia, Illia Vitiuk, informou à Reuters que a Kyivstar, gigante de telecomunicação ucraniana, teve seu sistema atacado por um grupo hacker russo. Segundo ele, a investigação apontou que os invasores penetraram o sistema da empresa de telecom no início de 2023, mas provavelmente conseguiram acesso completo em Novembro, corrompendo milhares de servidores virtuais e PCs.
Esse ataque é um aviso a todas as empresas que precisam estar atentas as estratégias de cibersegurança para proteger o que eles tem de mais importante: seus dados. “Esse ataque é uma grande mensagem, um grande aviso, não apenas para a Ucrânia, mas para todo o mundo ocidental entender que ninguém é realmente intocável”, disse o agente.
Adam Mayers, chefe de operações contra adversários da CrowdStrike, empresa líder em cibersegurança, fez uma análise a respeito do ataque:
“A CrowdStrike Counter Adversary Operations avalia com confiança moderada que o ataque contra a Kyivstar pode ser atribuído ao adversário russo GRU VOODOO BEAR, operando sob a persona hacktivista pró-Rússia Soltnsepek. Os relatos sobre a destruição da infraestrutura virtual da Kyivstar coincidem com relatos de mau funcionamento de sirenes de ataque aéreo em Kiev, bem como de terminais de pagamento e vários bancos que sofreram interrupções, além de problemas relatados com o pagamento de transporte público. Uma das motivações do adversário é realizar um ataque psicológico com o objetivo de degradar, deslegitimar ou influenciar a confiança do público em instituições e setores públicos, como governo, fornecimento de energia, transporte e mídia. A Ucrânia continua sendo o ‘laboratório’ do conflito cibernético, uma vez que vários grupos pró-Rússia continuam a potencializar as operações cibernéticas e psicológicas, bem como a desinformação para demonstrar o impacto da guerra física e digital.” – Adam Meyers, chefe de operações contra adversários da CrowdStrike