A insatisfação dos moradores do condomínio Metropolitan Sydney, em Goiânia, escancara um problema recorrente na gestão condominial: a falta de eficiência na prestação de serviços básicos, mesmo quando se trata de empreendimentos de alto padrão.
Nos últimos dias, a sauna do condomínio deixou de funcionar, e a resposta da administração, feita pela ABL, gerou revolta. Questionada sobre a situação, a empresa informou que enfrenta “grande problema com mão de obra” e que “a resistência de sauna não é igual à de chuveiro, sendo mais difícil de encontrar”. O prazo para o conserto? Sete dias a contar da segunda-feira, ou seja, praticamente duas semanas para resolver algo que deveria ser simples em um empreendimento desse porte.
E não é apenas a sauna. O aquecedor da piscina do spa está sem funcionar há mais de 30 dias, prejudicando ainda mais os moradores, que continuam pagando por serviços e estruturas de lazer que não estão disponíveis.
A justificativa, porém, soa ainda mais estranha quando a própria empresa afirma administrar mais de 150 condomínios e ter mais de 10 anos de mercado, alegando que seus números refletem “o padrão ABL”. Se esse é o padrão, fica a dúvida: até onde vai a paciência dos moradores com serviços ineficientes e respostas evasivas?
Padrão ABL ou descaso com moradores?
O caso levanta questionamentos sobre a real capacidade da ABL em oferecer um serviço condizente com o valor pago pelos condôminos. Em empreendimentos de alto padrão, os moradores não esperam apenas segurança e estrutura física – esperam também eficiência e respeito no atendimento às demandas do dia a dia.
A comparação feita por um morador – de que o serviço estaria “pior que órgão público” – ilustra o sentimento de frustração. Afinal, quem paga caro em taxas condominiais espera retorno à altura, não desculpas.
Falta de transparência é inadmissível
Mais preocupante que a demora é a ausência de clareza e proatividade da administração em dar satisfação aos moradores. É inadmissível que, em 2025, uma empresa que se apresenta como referência no mercado não tenha processos ágeis e comunicação eficiente com seus clientes.
Enquanto a ABL alega “dificuldades operacionais”, os moradores seguem sem usufruir daquilo que pagam.
Hora de rever contratos e cobrar responsabilidades
Casos como esse expõem a necessidade urgente de maior fiscalização sobre as administradoras de condomínios. Se uma empresa se vangloria de ter centenas de clientes, deveria garantir estrutura para atender a todos com eficiência. Caso contrário, é apenas marketing sem resultado prático.
Moradores do Metropolitan Sydney – e de qualquer outro condomínio – não devem aceitar passivamente a má gestão. É hora de cobrar explicações formais, exigir prazos claros e considerar alternativas, caso a ABL não consiga entregar o serviço prometido