No Brasil, os juros astronômicos praticados pelo sistema financeiro são um fardo pesado para milhões de pessoas, especialmente para aquelas das classes C e D. Os cartões de crédito, por exemplo, impõem taxas exorbitantes que chegam a 437% ao ano, um verdadeiro entrave para aqueles que buscam acesso ao crédito.
Dados levantados pelo Banco Central do Brasil apontam que essa realidade tem gerado uma inadimplência alarmante de 55% entre os usuários de cartão de crédito, contrastando fortemente com os 18% de inadimplência relacionada ao boleto, que possui juros de 91% ao ano.
De acordo com Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educação, a maioria da população de classe C e D se vê presa em um ciclo vicioso de endividamento, muitas vezes recorrendo a múltiplos cartões de crédito para sobreviver. “A falta de opções acessíveis de financiamento leva a esse comportamento, resultando em taxas abusivas que apenas aumentam o fardo financeiro”, lamenta.
Nesse contexto desafiador, as fintechs, como a TMB Educação, estão trazendo uma abordagem inovadora ao oferecer crédito educacional com uma taxa de juros extremamente reduzida em comparação às praticadas no mercado. “Buscamos não apenas fornecer acesso a recursos financeiros, mas também temos a missão de democratizar o conhecimento. Esta iniciativa visa transformar não só as perspectivas individuais, mas também a economia do país”, pontua.
Enquanto a maioria das instituições financeiras tradicionais se baseia em análises de crédito restritivas, excluindo grande parte da população das oportunidades financeiras, a TMB adota uma postura diferente. “Por meio de uma abordagem mais inclusiva, criamos novas oportunidades para aqueles que, na maioria das vezes, não teriam acesso ao crédito”, declara.
Ao focar em crédito educacional, a empresa não só oferece recursos para estudos, mas também ajuda a fomentar a capacitação profissional e pessoal, reduzindo a dependência de crédito e, por consequência, a alta taxa de endividamento.
Para Boesso, é evidente que a abordagem atual do mercado financeiro está gerando uma população cada vez mais endividada. “Nosso objetivo é mudar essa perspectiva, mostrando que é possível oferecer soluções financeiras mais acessíveis e, ao mesmo tempo, investir no desenvolvimento educacional das pessoas”, finaliza.