No âmbito da gestão de resíduos perigosos — industriais, hospitalares, químicos e agrícolas — a incineração surge como uma alternativa eficaz, porém complexa. A Incinera Tratamento de Resíduos Ltda. tem se destacado nesse setor, especialmente no Centro-Oeste brasileiro, operando há cerca de 19 anos com uma proposta de soluções tecnológicas integradas .
Quem é a Incinera?
Com sede no estado de Goiás, a empresa atende cerca de 1.800 clientes ativos e busca ir além da simples incineração, oferecendo também serviços de triagem, transporte rastreado, descaracterização e rastreabilidade completa do resíduo desde a origem até a emissão do Certificado de Destinação Final (CDF) .
Como funciona o processo
A Incinera opera fornos que elevam a temperatura entre 900 °C e 1.250 °C, dentro do que prevê a Resolução CONAMA nº 316/2002 (e alterações em 2006), norma que regula os sistemas de tratamento térmico de resíduos no Brasil . O tratamento acontece em duas etapas: a combustão primária e o afterburner, onde gases são resfriados, tratados com cal, carvão ativado e filtros manga antes de serem liberados na atmosfera .
Vantagens do sistema
- Redução de até 90% no volume inicial do resíduo, reduzindo ocupação de aterros ou disposição irregular.
- Destruição de materiais patogênicos e tóxicos, especialmente resíduos hospitalares e químicos (grupos A, B e E) .
- Capacidade de recuperação de energia térmica ou elétrica, contribuindo à sustentabilidade energética .
Regulamentação e critérios essenciais
A legislação ambiental brasileira — por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e das resoluções CONAMA 316/2002 e 386/2006 — permite o uso da incineração para resíduos perigosos, desde que respeitados limites rígidos de emissão dos poluentes, tais como dioxinas, furanos e óxidos de nitrogênio . O licenciamento ambiental é obrigatório, frequentemente acompanhado por estudos de impacto e auditorias periódicas
✅ Vantagens da incineração controlada – Redução do volume de resíduos, destruição completa de substâncias tóxicas, diminuição da emissão de gases de efeito estufa e atendimento a normas ambientais.
✅ Segurança e eficiência – Uso de tecnologia avançada para monitoramento, controle de temperatura, filtragem de gases e automação inteligente.
✅ Impactos do descarte inadequado – Poluição do solo, rios e ar, além de riscos à saúde humana e animal.
✅ Mensagem de sustentabilidade – Incentivo ao descarte correto e ao compromisso com um futuro mais limpo e seguro.
Como funciona o processo
A Incinera opera fornos que elevam a temperatura entre 900 °C e 1.250 °C, dentro do que prevê a Resolução CONAMA nº 316/2002 (e alterações em 2006), norma que regula os sistemas de tratamento térmico de resíduos no Brasil . O tratamento acontece em duas etapas: a combustão primária e o afterburner, onde gases são resfriados, tratados com cal, carvão ativado e filtros manga antes de serem liberados na atmosfera .
Vantagens do sistema
- Redução de até 90% no volume inicial do resíduo, reduzindo ocupação de aterros ou disposição irregular.
- Destruição de materiais patogênicos e tóxicos, especialmente resíduos hospitalares e químicos (grupos A, B e E) .
- Capacidade de recuperação de energia térmica ou elétrica, contribuindo à sustentabilidade energética .
Regulamentação e critérios essenciais
A legislação ambiental brasileira — por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e das resoluções CONAMA 316/2002 e 386/2006 — permite o uso da incineração para resíduos perigosos, desde que respeitados limites rígidos de emissão dos poluentes, tais como dioxinas, furanos e óxidos de nitrogênio . O licenciamento ambiental é obrigatório, frequentemente acompanhado por estudos de impacto e auditorias periódicas
Desafios e limites
Apesar da robustez técnica, o modelo ainda enfrenta restrições:
Custos elevados: investimento significativo em infraestrutura adequada, sistemas de filtragem e operação contínua com monitoramento real.
O que é incineração com recuperação energética?
A incineração com recuperação energética — também chamada de Waste‑to‑Energy (WtE) — envolve a combustão controlada dos resíduos para geração de energia térmica ou elétrica. Essa tecnologia reduz o volume de resíduos em até 90 %, destrói patógenos e aproveita o calor liberado para uso industrial ou distribuição de energia. É considerada, globalmente, uma das soluções mais confiáveis e custo-efetivas entre WtE atualmente .
Potencial energético e redução de gases de efeito estufa
Estudos indicam que a incineração de cada tonelada de resíduos urbanos pode evitar de 1,5 kg a 1,7 kg de CO₂ equivalente, ao desviar material de aterros e substituir fontes fósseis . No Brasil, a aplicação dessa tecnologia nas 28 regiões metropolitanas mais populosas levantaria uma economia potencial de 60 milhões de toneladas de CO₂ equivalente por ano . Ou seja, num horizonte de 30 anos, isso equivale a 1,8 bilhão de toneladas evitadas – um ganho relevante frente às metas climáticas.
Em contextos urbanos densos, esse modelo também acelera a destinação de resíduos, diminui transporte e reduz a ocupação de aterros sanitários .
Saúde ambiental: entre avanços e riscos
Do lado positivo, ao eliminar resíduos hospitalares e químicos, a incineração combate micro-organismos patogênicos e substâncias tóxicas que poderiam contaminar solo, lençóis freáticos e ar.
Casos práticos e infraestrutura no Brasil
Apesar do alto potencial, o Brasil ainda não possui usinas WtE comerciais em operação com resíduos urbanos, embora haja projetos em licenciamento em Barueri e Mauá (São Paulo), com previsão de operar entre 825 t/dia (17 MW) e 3.000 t/dia (77 MW) .
Análise crítica: quando energia não basta
A incineração com recuperação energética pode ser eficiente e contribuir para a matriz urbana de energia limpa, desde que:
- Haja transparência nos dados operacionais, emissões e certificações;
- Esteja integrada a uma política hierarquizada de resíduos que priorize redução, reutilização e reciclagem antes da disposição final via incineração, conforme a PNRS ;
- Seja tecnicamente viável no processo, considerando o poder calorífico dos resíduos e eventuais combustíveis adicionais para manutenção da chama .
Opinião final
Para a Incinera — ou qualquer empresa que adote incineração controlada — a incorporação de recuperação energética representa não apenas um serviço ambiental, mas uma contribuição para a segurança energética local e à mitigação de mudanças climáticas. É um modelo que melhora a eficiência do ciclo de resíduos, reduzindo o impacto climático e potencialmente gerando energia útil.
Estudos de Caso Relevantes
1. Amager Bakke – Copenhague (Dinamarca)
O Amager Bakke, inaugurado em 2017, é um dos mais modernos exemplares de WtE no mundo:
- Gera até 57 MW de eletricidade e entre 157 e 247 MW de energia térmica para aquecimento urbano, com flexibilidade conforme demanda .
- Usa tecnologias avançadas que reduzem cerca de 99,5% de enxofre, 95% de NOₓ, além de dioxinas e HCl, tornando-se um dos sistemas mais limpos existentes .
- Abriga também uma estrutura pública de lazer (esqui indoor, parede de escalada), alinhando sustentabilidade energética e estética urbana.
2. Usina de Vantaa – Helsinque (Finlândia)
Operando desde 2014, essa usina é líder no uso de resíduos domésticos como fonte energética:
- Produz 920 GWh de calor (quase metade da demanda da cidade) e 600 GWh de eletricidade (cerca de 30%) .
- Substitui cerca de um terço do uso de combustível fóssil, reduzindo emissões de CO₂ em 20% na região .
- Atua a quase 1.000 °C, eliminando grande parte dos compostos tóxicos. Cinzas pesadas e metais são separados e encaminhados para tratamento seguro .
3. Reppie – Addis Ababa (Etiópia)
A primeira WtE da África, inaugurada em 2019:
- Capacidade para processar 1.400 t/dia de resíduos com produção de 25 MW de energia elétrica, operando com cerca de 90% de eficiência .
- Está integrada a tratamento biológico, reciclagem e manejo de resíduos urbanos, numa lógica de economia circular .
4. Usina de Miaoli – Taiwan
Em Zhunan, desde 2008:
- Recebe cerca de 500 toneladas diárias, gerando até 95 GWh anuais de eletricidade, com quase 84% da energia vendida à rede elétrica .
- Extrema taxa de utilização (~94 %) e alta confiabilidade operacional que resultou em prêmios de sustentabilidade .
5. Meath WtE – Irlanda (Task 36 da IEA)
Localizada perto de Duleek, com operação iniciada em 2011:
- Capacidade anual de 235.000 toneladas de resíduos, gerando 18 MW de eletricidade, dos quais 41,5% são considerados renováveis por origem residual .
- Exemplo de modelo regional que integra energia limpa e descarte evitado de aterros.