Casos recentes como os vivenciados pelo ex-apresentador Fausto Silva e o cantor MC Marcinho reforçam a necessidade de se chamar a atenção para o quadro
Nas últimas semanas, a mídia reportou o caso de dois grandes nomes que fizeram sucesso na televisão brasileira e que, hoje, ganharam as manchetes dos principais veículos não pelo tempo de estrelismo, ou tão menos pela fama que tiveram, mas por um quadro que acomete milhões de brasileiros que aguardam por um órgão no país: a fila para o transplante, o que pode gerar quadros de insuficiência cardíaca.
Os nomes de Fausto Silva, que foi operado recentemente, e de MC Marcinho que, infelizmente, veio a óbito enquanto aguardava por uma cirurgia do coração, reforçam a necessidade dos prévios cuidados deste órgão, vital na saúde humana e que é o responsável pelo trabalho dos diversos componentes que fazem parte do sistema circulatório. Afinal, sem ele, os demais órgãos têm uma espécie de “falha”, entre eles, os rins e o fígado, podendo levar o indivíduo à morte.
De acordo com o profissional de educação física da Bodytech Brasília, Hadolfo Lima , um dos benefícios da prática regular de atividade física, em especial, o treinamento resistido (musculação), é um dos pilares para se manter um coração saudável. “A musculação ajuda na construção e fortalecimento dos músculos, incluindo o coração. Esta modalidade, quando feita corretamente, pode ajudar no controle do peso, aumentar o metabolismo basal, controle da glicemia e melhorar a resistência cardiovascular. Dentro de uma academia, além da musculação tradicional, atividades como treinamento funcional e circuitos aeróbicos também são excelentes para o coração. Mas, no geral, toda atividade deve ser adequada às capacidades e objetivos do indivíduo”, observa o profissional.
Atividades físicas x funcionamento do coração
Hadolfo ressalta que o fato do indivíduo praticar atividade física regular ajuda a fortalecer o músculo cardíaco, permitindo que ele bombeie sangue de forma mais eficiente para todo o corpo, além de auxiliar na melhoria da circulação e na capacidade de o corpo usar oxigênio de maneira mais eficaz. “Além disso, ela promove a expansão e elasticidade das artérias, o que pode prevenir o endurecimento e estreitamento das mesmas. Isso, por sua vez, reduz o risco de hipertensão e outras doenças cardiovasculares”, observa.
No entanto, como todo e qualquer tipo de exercício, o indivíduo deve se ater para os riscos da prática de exercícios sem a consulta de um profissional para uma melhor avaliação do quadro clínico, especialmente aqueles que já detém de algum tipo de comorbidade, como hipertensão e diabetes. “Antes de iniciar qualquer programa de atividade física é sempre recomendado procurar a orientação de um médico. Pessoas com histórico de doenças cardíacas ou outros problemas de saúde devem ser particularmente cautelosas. Em alguns casos, pode haver contraindicações, tornando certas atividades físicas não recomendadas ou até perigosas para o indivíduo”, pontua o profissional.
Mas, se forem seguidas as devidas recomendações médicas, além do exercício se tornar prazeroso, pode ser tornar um aliado no combate a estas e a outras doenças, principalmente se for seguido com o auxílio de um profissional de educação física. ” No caso de um diagnóstico de problema cardíaco, o profissional de educação física, trabalhando em conjunto com a equipe médica, pode desenvolver um programa de exercícios personalizado para o paciente. O foco seria promover a saúde cardíaca, melhorar a resistência e a capacidade cardiorrespiratória, sem colocar o paciente em risco. Atividades de baixo impacto e de intensidade moderada são geralmente recomendadas, mas a abordagem específica depende da condição e das necessidades individuais do paciente”, finaliza o profissional.