Por Cleuber Carlos – Redação MaisBR News | Goiânia, 09 de julho de 2025
No dia (1º/07), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Crimes Rurais (DERCR), deflagrou a inédita segunda fase da Operação Paper Ox. Ao todo, foram cumpridos 49 mandados judiciais, incluindo 26 de busca e apreensão, 4 de prisão preventiva e 19 medidas cautelares, em Goiás, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo e Distrito Federal
A ação, reforçada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e polícias civis dos demais estados, resultou no bloqueio judicial de aproximadamente R$ 127 milhões em ativos suspeitos — R$ 80,1 milhões em contas e aplicações financeiras, R$ 38,1 milhões em imóveis rurais e urbanos e R$ 8,8 milhões em veículos e R$ 15 mil apreendidos em espécie
🐄 Esquema de fraude em documentos agropecuários
Investigadores apuram que a quadrilha operava por meio de emissão de GTAs (Guias de Trânsito Animal) falsas, simulando movimentação de gado e mascarando origem — prática que, além de fraude fiscal, coloca em risco a sanidade do rebanho e a rastreabilidade da cadeia agropecuária
Foram identificados fortes indícios de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de interpostas pessoas para ocultar patrimônio
🕵️♂️ Quem já foi apontado
Embora nomes específicos não tenham sido divulgados até o momento, a investigação aponta envolvimento de:
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Produtores rurais e atravessadores, que utilizaram sistemas do Sidago e dados sigilosos para emitir GTA.
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Servidores públicos e funcionários de Agrodefesa, suspeitos de permitir ou facilitar irregularidades no sistema
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Empresas agropecuárias, usadas como laranjas ou interpostas para movimentar recursos e esconder ativos.
O esquema se estendia por ao menos 12 municípios goianos além de outras unidades da federação, e envolvia grande número de pessoas jurídicas cadastradas no sistema de tráfego de bois .
⚖️ Próximos passos da investigação
A operação segue em curso, com expectativa de:
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Novas prisões, à medida que as prisões cautelares for cumpridas.
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Denúncias criminais, com base em contas, documentos e apreensões.
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Ressarcimento ao erário, caso seja comprovado o desvio de receita pública.
A Polícia Civil destaca que a ação serve de alerta para a necessidade de fiscalização e controle rigorosos no agronegócio, sempre com colaboração entre segurança e órgãos sanitários.
💬 Reações e impacto no agro goiano
Em declaração, a Agrodefesa reforçou que a sanidade do rebanho “segue garantida, pois a fraude era apenas documental” — e pediu aos produtores que redobrem cuidados com login e senha do Sidago
Produtores consultados pelo MaisBR News ressaltam o risco de concorrência desleal e prejuízos à imagem do setor, caso fraudes não sejam combatidas de forma transparente e contundente.
🧭 Por que é notícia
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Reforça o combate à corrupção no agronegócio de Goiás.
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Traz exemplos concretos de penalização, com bloqueio de bens.
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Exige melhora nos controles e fiscalização sanitária.
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Mostra a importância da integração entre agentes públicos e privados para proteger o setor.
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