Startup fundada em 2020, em Portugal, tem como CEO o brasileiro Felipe Vieira, e aterrissa no Brasil a fim de conectar estudantes ao mercado de trabalho
Criada pelo brasileiro Felipe Vieira (CEO), natural de Recife (PE), e o português Marcelo Manteigas (CTO), a Networkme é uma startup que conecta estudantes com o mercado de trabalho a partir do perfil comportamental e das habilidades técnicas, e acaba de receber uma extensão de um aporte, no valor de €700 mil – cerca de R$3,5 milhões, para o início da operação no Brasil.
Como o primeiro ecossistema que preenche a lacuna entre os que estão no ensino superior e o mercado de trabalho, o modelo de negócio da Networkme obteve sucesso na Europa, inserindo mais de 50 mil estudantes no mercado de trabalho entre os 100 mil cadastrados na plataforma. Desde sua fundação foram captados o montante de €2 milhões, o equivalente a R$10 milhões. As investidoras que entraram no circuito e apostaram na startup são a Bankinter, o Big Sur Ventures, a Valutia, o Verve Capital e, mais recentemente, a Shilling.
A Networkme vem se destacando como uma solução inovadora, proporcionando orientação de carreira, identificação de talentos, personalização de oportunidades e conexões em diferentes esferas. A prioridade é o fit comportamental e cultural entre empresa e novos profissionais.
“Desde que fundamos a Networkme, em 2020, sempre tivemos o impacto social como um dos principais pilares do nosso negócio. Voltar para o Brasil com a missão e responsabilidade de ajudar milhares de estudantes a conseguir o seu primeiro emprego é, sem dúvidas, uma realização pessoal e profissional, que se conecta diretamente com a minha história”, afirma o CEO Felipe Vieira.
O posicionamento da startup, portanto, vem também com o objetivo de gerar uma democratização ao acesso ao mercado de trabalho para os estudantes de diferentes classes sociais. “Queremos equidade nas oportunidades. As empresas geralmente reúnem pouco ou nenhum esforço para que seus processos seletivos alcancem todas as universidades, pois é operacionalmente impossível alcançar toda a gama de estudantes do ensino superior sem uma ferramenta que facilite esse acesso. A nossa plataforma quer ter um letramento de diversidade e ajudar a conectar estudantes com menos acesso às vagas ou ações de marcas com o mercado”, completa o executivo.
Para o início da operação no país, a Networkme trouxe o ex-diretor da Ânima Educação, Luciano Cacace, como Head Brasil. Ele já atua no mercado educacional há mais de 15 anos, é formado em Administração, mas com especialização em Gestão de Negócios e, em seguida, em Educação. Tem know-how em marketing e comunicação e já esteve à frente da área no Grupo Objetivo de Ensino, Universidade São Judas Tadeu e UniSul, ambas do grupo Ânima Educação. Mais recentemente, esteve à frente da Faculdade Lumina, da qual foi sócio-fundador.
“O sucesso na Europa nos mostrou o quanto podemos fazer a diferença para os três principais usuários da nossa solução: as empresas, as universidades e os estudantes. O Brasil vive fortemente a dor da contratação, tanto na quantidade, como na qualidade. Então, aqui desembarcamos com a expectativa de chegar a 300 mil estudantes brasileiros cadastrados na plataforma no primeiro ano de operação e de inserir mais de 1 milhão de estudantes no mercado de trabalho até 2030”, conta Cacace.
Simulando carreiras e desenvolvendo pessoas
Dos diferenciais que a Networkme apresenta, a solução oferece um simulador de carreira, que proporciona aos usuários o acesso a conteúdos e desafios que simulam uma profissão júnior. “Conhecendo a cultura e a dinâmica operacional desses locais, o estudante consegue identificar de forma mais clara os pontos fracos e fortes e trabalhar em cada um deles antes de chegar ao mercado. Isso fortalece, inclusive, o autoconhecimento desse estudante, possibilitando que ele identifique de maneira prática a carreira que gostaria de seguir”, explica Luciano Cacace. Há, ainda, conteúdos e soluções criadas pela equipe interna da startup que visam uma formação complementar, preparando o estudante para concorrer nas vagas desejadas.
“Tive experiências profissionais em diversos ramos e ao longo da minha jornada, percebi que alguns trabalhadores mais jovens tinham dificuldade em ingressar no mercado de trabalho – tanto tecnicamente quanto na maneira de se comportarem. Muitos desses profissionais também foram mais desafiados por não terem visibilidade suficiente da função que iriam exercer antes de serem contratados. A técnica é importante, mas a experiência e o conhecimento social também são relevantes. Por isso, a ideia da Networkme é inserir os estudantes no mercado de forma que eles estejam mais preparados”, ressalta o CEO.
A ideia é a de que a plataforma acompanhe a jornada do estudante desde o início dos estudos e, por isso, a parceria entre a Networkme e instituições de ensino se fazem essenciais. A contribuição das empresas que vão contratar novos profissionais também tem um grande efeito no sucesso da ferramenta e, no Brasil, diversas companhias já estão em negociação junto à startup para transformar a contratação de novos talentos.
“A aproximação entre empresas e estudantes acontece através da candidatura feita na ferramenta e da autorização do candidato em compartilhar seus dados, seguindo a LGPD. Nós queremos acompanhar a jornada e o desenvolvimento do estudante para que essas conexões sejam efetivas na tomada de decisão durante a contratação”, inicia Felipe.
Sobre a Networkme – A Networkme é uma plataforma que preenche a lacuna entre Educação e mercado de trabalho. Desde 2020, a startup apoia empresas, universidades e estudantes gerando conexões com base no fit cultural, desenvolvimento comportamental e soft skills. Nesse caminho, a Networkme disponibiliza ferramentas que auxiliam os candidatos na construção de competências essenciais, preparando-os para a realidade profissional e para a tomada de decisão sobre carreira e futuro.