O Instagram dobrou seu número de usuários em quatro anos. A rede social de compartilhamento de fotos e vídeos, que possuía 1 bilhão de usuários ativos em 2018, chegou à marca de 2 bilhões de usuários ativos em 2022, segundo o balanço mais recente divulgado pela Meta, desenvolvedora da rede. Com cada vez mais pessoas utilizando o Instagram, cresce também a preocupação no que diz respeito aos conteúdos postados na plataforma.
Para evitar que os usuários tenham suas contas bloqueadas, banidas ou com alcance reduzido, a especialista em mídias sociais, produtora de conteúdo e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, apresenta um guia de boas práticas para o uso do Instagram. “Em primeiro lugar, é preciso evitar conteúdos com potencial de causar danos no mundo real, incluindo qualquer forma de discurso de ódio, bullying e assédio”, orienta.
Há regras rígidas também, segundo a especialista em mídias sociais, a respeito de conteúdos relacionados a nudez e sexo. “Fotos e vídeos de relações sexuais e genitais expostos são proibidos, assim como imagens de crianças nuas ou parcialmente nuas. Elas podem ser removidas mesmo que compartilhadas com boas intenções”, diz. Rejane destaca a necessidade de se tomar cuidado com a postagem de músicas, trechos de vídeos ou filmes. “Eles podem ser removidos caso contenham direitos autorais”, alerta.
Às crianças é vetada o uso do Instagram. “De acordo com a lei, a idade mínima para se tornar um usuário da rede é 13 anos. Em caso de descumprimento da regra, a conta é bloqueada”, comenta a fundadora da Like Marketing. Também são proibidas pela plataforma e levam ao bloqueio das contas, segundo Rejane, a disponibilização de conteúdos sexuais envolvendo menores de idade (pornografia infantil). “Prática criminosa, aliás, que deve ser denunciada à autoridade”, enfatiza.
Do mesmo modo, o discurso de ódio é vetado pela rede social. A produtora de conteúdo sublinha que não é aceitável incentivar a violência ou o ódio com base em raça, religião, gênero ou outras características. “No entanto, discussões construtivas e conscientização pública são permitidas e não acarretam restrições”, pondera.
Conforme a especialista em mídias sociais, o Instagram não apoia e nem permite conteúdos que promovam a automutilação ou qualquer comportamento autodestrutivo e postagens com esse teor podem levar à exclusão da conta. “Podem gerar bloqueio da conta e são iminentemente proibidas também ações de compra ou venda de armas de fogo, drogas não medicinais e serviços sexuais e promoção de atividades ilegais, como terrorismo e caça clandestina”, complementa.
Além desses conteúdos impróprios e muitas vezes criminosos, levam à proibição de contas no Instagram, segundo Rejane, algumas atitudes indevidas relacionadas aos dados obtidos na rede social, como, por exemplo, coletar informações pessoais dos usuários sem o devido consentimento ou com propósitos não autorizados. “Igualmente é vetado usar informações coletadas para fins de spam, assédio ou atividades ilegais, tal como vender informações dos usuários a terceiros sem consentimento explícito”, acrescenta.
Por fim, o uso de automatização pode gerar sanções por parte do Instagram. “Se os responsáveis pela rede detectarem que o usuário automatizou publicação excessiva e funcionalidades como seguir/deixar de seguir, comentários e curtidas e perceber que o engajamento da conta é inautêntico, eles podem restringir e bloquear a conta”, ressalta a especialista em mídias sociais.