Especialista indica as diferenças entre eles e sugere uma opção híbrida
Apesar do envelhecimento populacional, apenas 5,3% dos brasileiros se preparam financeiramente para a aposentadoria. Isso significa que somente 10,8 milhões têm planos de previdência privada aberta, o que representa 7,2% da população coberta pelo sistema. Por outro lado, no mundo financeiro, a escolha entre previdência privada e seguro de vida pode gerar dúvidas significativas.
Segundo Caio Mastrodomenico, autor do livro “Me Formei Médico e não Empresário – E Agora?”, especialista em mercado financeiro e de capitais, “entre previdência privada e seguro de vida há uma diferença muito grande”.
Ele explica que a previdência privada é uma forma de poupança que visa proporcionar uma renda futura, permitindo depósitos programados ao longo do tempo para gerar remuneração em uma data específica. Já o seguro de vida difere ao recompensar um montante financeiro em casos de falecimento ou oferecer benefícios em vida para tratamento de doenças graves, invalidez ou reposição de renda em situações de internação. O ponto-chave é que o seguro não contempla saques futuros para aqueles que deixam o mercado de trabalho.
Outra das distinções essenciais é que a previdência privada está vinculada a algum tipo de rendimento baseado na data das contribuições, enquanto a apólice do seguro de vida é ajustada pela inflação.
Para quem opta pelo seguro, existe uma sugestão que são as apólices offshore, um benefício muitas vezes desconhecido pelos brasileiros. Em comparação às apólices nacionais, elas oferecem vantagens consideráveis. “Por exemplo, ao contratar uma apólice internacional, é possível associá-la a um rendimento atrelado a uma bolsa de valores estrangeira, como a americana, permitindo a correção dos rendimentos de acordo com essa indexação. Diferentemente do Brasil, onde a correção é apenas pela inflação, essa apólice internacional também oferece a opção de saques após um período, funcionando como uma combinação entre seguro e previdência”, acrescenta o especialista.
Além disso, as apólices americanas têm se mostrado uma excelente alternativa, oferecendo a segurança de um capital em uma das maiores economias do mundo, fortalecida pelo valor estável do dólar. “Apólices offshore oferecem uma opção de dolarização e proteção patrimonial em tempos de incerteza financeira, assemelhando-se a investimentos ao garantir rendimento atrelado à bolsa de valores e juros compostos”, comenta.
Ele acrescenta que esta alternativa, embora não seja um investimento tradicional, assegura-se por meio de uma apólice securitária, proporcionando benefícios de seguro de vida e em vida, além de resguardar financeiramente em uma moeda forte, o dólar. A inalienabilidade e impenhorabilidade dos recursos oferecem ainda proteção jurídica, blindando-os de possíveis bloqueios de investimento e caracterizando-se como uma opção resiliente em períodos de volatilidade cambial.
Para mais informações sobre essas distinções e benefícios, Mastrodomenico recomenda uma análise minuciosa das opções disponíveis e indica a consulta a profissionais qualificados do setor.
*Caio Mastrodomenico é pós-graduado em mercado financeiro e de capitais e analista político e econômico. Ele também é autor do livro “Me Formei Médico e não Empresário – E Agora?”, onde relata experiências e, ainda, mostra como pavimentar o caminho em busca de um negócio dentro da própria área de especialidade. A obra apresenta uma série de conceitos que auxiliam o processo de inicialização de um empreendimento de forma coerente. As páginas trazem técnicas de gestão, rotinas de atendimento, técnicas de comunicação e ferramentas financeiras que podem auxiliar não só no início da operação, como a manter os números saudáveis através de cálculos de lucro e fluxo de caixa.